Hoje eu fiquei muito feliz ao abrir meu e-mail e ver que a Assossiação de Quadrinistas e Cartunistas AQC havia finalmente aceitado meu cadastro. Eu e a Soni somos as primeiras mangakás assossiadas a AQC, é um orgulho. Vejam minha página aqui!
Ontem eu terminei de scannear as páginas do Vitral e agora só resta colocar as retículas e balões. Vou fazer a capa por último. É muito bom quando as tarefas são concluídas, pois a diversão de ser desenhista fica apenas na hora que estamos criando a história e desenhando os personagens, o resto é trabalho chato, me sinto numa linha de montagem. Felizmente, o trabalho mecânico termina e aí vem a satisfação. Alguns problemas sempre acontecem no meio do trabalho, ontem o gato quase destruiu uma das minhas páginas quando pulou no scanner...quase morri...mas deu pra salvá-la. Pra sorte do bichano!!!
Tudo está indo bem e logo o site do Estúdio Futago será inaugurado. A Soni causou um certo reboliço no blog do novo autor de mangá que vai sair em outubro por uma editora de São Paulo...mas ela estava certa em afirmar que o cenário estava torto por falta do uso de ponto de fuga, acho que é melhor dizer agora a falha do que deixar para criticar depois do lançamento do mangá. A Soni e eu sabemos que não somos perfeitas no mangá, mas a gente tenta. Fazemos o cenário com bastante atenção, afinal cenário é quase outro personagem no mangá. Sem ele o leitor não conseguiria saber onde o personagem está e através do cenário é que levamos o leitor para o mundo que criamos. Se a história se passa num mundo fantástico, nós queremos ver esse mundo fantástico e partilhar das idéias do criador. Mesmo que a história seja em uma escola comum, o cenário deve mostrar isso e ser convincente. No caso do colega que vai lançar sua obra profisionalmente é um pecado não fazer cenários convincentes, mesmo que a história seja uma insanidade ela merece ser bem feita. Todos ganham com o capricho do desenhista incluindo o próprio.
O imperdoável foi o autor dizer que sabia usar os pontos de fuga, mas não sentia necessidade e deu a impressão de que o certo era errado...Bom, o resultado estará nas bancas. Espero que ele ajeite o cenário para engrandecer os artistas nacionais e não ser mais um desenhista de mangá que morreu na praia. A Soni demorou para aprender a desenhar cenários com pontos de fuga, mas agora ela está melhor. Ela levou três dias para fazer a escola do mangá dela. Ela é esforçada e isso é bom. Eu entendo que dá preguiça ficar preso a um cenário por dias e caprichar, mas o resultado vale a pena. Eu NUNCA vi um cenário mal feito em mangás japoneses, eles podem até usar a tal ilusão de ótica, mas essas ilusões seguem os pontos de fuga, não são feitas no joelho e na má vontade. No Japão, os mangakás contratam outros artistas que fazem o cenário, mas como estamos no Brasil temos que fazer nós mesmos e tentar fazer bem feito. A arte do quadrinho japones tem regras de quadrinização e se o autor não quiser e não achar necessário fazer igual estará fazendo qualquer coisa, menos mangá. Afinal, todo tipo de quadrinho não somente o mangá seguem regras para ser do estilo daquele quadrinho. Dizer que é quadrinho autoral não é desculpa para não fazer cenário bem feito... algo que merece ser feito merece ser bem feito...
Aqui no brasil as coisas são mesmo muito loucas, os artistas querem fazer mangá, mas ao mesmo tempo não querem. Eles estão sempre buscando fazer algo inovador e fogem do mangá o mais que podem. Mas acho que cenário torto não é inovação...é preguiça!!!
nosssa, isso é verdade.
ResponderExcluirsempre escuto muitas reclamações das pessoas que leem mangá. Muitos dizem que o mangá brasileiro não é bom porque é muito mal feito, e por isso não leem os mangás lançados aqui.
pelo menos a pessoa que for fazer um mangá e publica-lo tem que tomar como prioridade a aceitação do publico, não adianta uma pessoa publicar o seu mangá de qualquer jeito, achando que está bom pra ela mais para os leitores nõ passam de um rabisco.
concordo com vc shirubana-sensei.
Diih**